Vagas abertas para escritoras!

domingo, 10 de agosto de 2014

Para sempre? Não.

Bom, quanto tempo que eu não entro aqui. E entrei hoje para dar más notícias.
Eu vou excluir o blog.
Sim, excluir. Porque? Porque não tem ninguém aqui que me ajuda ou motiva a continuar. E quem tinha, desistiu de mim e das fanfics. É isso. Eu to super chateada. Acabou tudo. Acabou. Desculpem, mas não da mais. Amo todos vocês, foi bom enquanto durou. Mas acabou. Fiquem com Deus, vidas. Vou deixar aqui meus contatos, onde vocês podem me achar. E onde eu to postando a minha nova fic.
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domingo, 6 de julho de 2014

Fanfic: Experiment 49: Miss America - Capítulo 1

                                                         A história da minha vida

Respirei fundo, assim que ouvi os gritos ensurrecedores e histéricos da platéia, logo após Nick Elástico Wills, sair com um sorriso vitorioso do enorme palco, que mantinha uma estrela em seu centro e estava coberto por uma lona das cores do arco-íris. No teto, olofotes ligados de diversos tipos, que iluminavam a todo local. Vi ele se dirigir até os bastidores, segurando um buquê de rosas vermelhas, que imanavam um cheiro doce e afrodisíaco, que me lembravam o Caribe. Já que por minhas constatações, de alguns livros sobre aventuras de piratas, tesouros perdidos, papagaios falantes e sol, era um ótimo lugar para se desfrutar bebidas, com pequenos guardas-chuvas, apoiados na beira de seus copos. Pois aqui no Alasca, não vemos, sentimos ou percebemos uma miníma onda de calor ou bebidas assim, e acredito que continuaremos a sonhar com esse dia, ou pelo menos EU continuarei. Enquanto garotas na minha faixa etária de 17 anos, estudam, namoram e saiem com suas amigas, em vestidos acima dos joelhos e saltos gigantes, para baladas, de alguma cidade conhecida. Eu estou casada, com um homem nojento, 20 anos mais velho, dono de um circo, que fede a whisky e charutos e dorme com uma mulher diferente a cada dia. Se é que elas são mulheres, mas sim: putas.
Me livrei de meus pensamentos, percebendo Nick me olhar com desprezo, por estar secando suas flores. Sorri pra ele, olhando fundo em seus olhos, enxergando seus globos verdes, que tomaram uma cor escura, quando percebeu o que eu estava Fazendo. Tarde demais. Percebi ele baixar seu olhar pra mim e não piscar ao menos uma vez sobe meu comando. Idiota.
Mas logo depois, pude ouvir a voz de Wayne, se espalhar pelos altos falantes do picadeiro e a platéia mais uma vez, ficar auvorecida. Olhei em uma das janelas e vi a nevasca que caía do lado de fora da tenda, o vento era forte e uma das montanhas ameaçava arrastar tudo a sua frente, parecia que hoje a mãe natureza não iria dar uma folga para ninguém. Avistei um carro, que imaginava ser uma Land Rover, eu acho. Pois agora queria saber: o que um carro desses, que provavelmente deveria abrigar pessoas importantes dentro dele, fazia nos emirados do Pólo Norte, ou Alasca, como preferir. Comprar um iPhone é que não é. Então, hipoteticamente, devem ter vindo ver o show de aberrações. Pensava que a vida na cidade grande fosse super interessante e etc...mas pelo visto é intediante, porquê você querer vir a um lugar super broxante como esse, é porquê o clima tediante não te fez bem. E relativamente, você está drogado.
Ouvi aplausos e gritos histéricos do picadeiro. Esse é o último ato. Agora sou eu. Senti um calafrio percorrer minha medula e me arrepiei com o ato, percebi alguém por suas mãos em minhas cinturas, mas antes mesmo de virar, o cheiro de whisky e charuto, invadiu meus pulmões.
-É sua hora, querida -disse Ben, me fazendo grunhir pelo ato-
Me virei para ele e percebi que o mesmo tinha um charuto em seus lábios apagados e secos. Em uma tentativa falha, ele Tentou me dar um beijo nos lábios, que foram transportados para minha bochecha gélida, assim que me virei.
-Que foi princesa?-ele disse tentando parecer homem de verdade ao menos uma vez- Um beijinho de boa sorte.
Olhei para ele incrédula e Ben apenas sorriu de um jeito cafageste para minha expressão incrédula.
Tentei me livrar de seus braços ao redor de minha cintura e notei que ele tinha uma cicatriz em seu pulso direito, o que não me fez impedir de fazer. Afastei-me, andando sorrateiramente para trás, mas ele apenas fez um sinal de negação com a cabeça. Senti-o se aproximar e por os lábios frios em meu pescoço. Será que eu realmente seria violentada ali?! E o pior é que todos a minha volta, reagiam como se fosse a coisa mais normal do mundo. Me senti um nada. Era sempre assim. Nada. Logo, lágrimas insistentes acumularam-se em meus olhos.
-Oh, frágil Seunome. Não chore.-Ben passou seus dedos sujos por minhas lágrimas-
Notei que ele me olhava com admiração e fixava seu olhar em meus lábios. Notei-o se aproximar lentamente e grudar sua boca na minha. Em um instinto, mordi seu lábio inferior. Ben se soltou de mim e passou a mão sobre o local. Olhou e viu que sangue se escorria pelos lábios. Vi ele me olhar com raiva e estreitar seu olhar para mim.
-Sua vadia, como ousa? -ele disse-
Então um tapa foi transferido para minha face, que começou a arder e imagino que a marca de seus dedos ficaram ali. Mais uma vez as lágrimas voltaram, e meu rosto virado para o lado, levantou Percebendo Ben me encarar com nojo.
-Sua vadia. -ele disse cuspindo as palavras- Eu deveria te dar uma lição aqui mesmo!
Então ele se pôs a chutar minhas pernas, fazendo eu cair no chão e sentir uma pontada nos joelhos.
Nisso eu já estava chorando descontroladamente, com as mãos apoiadas sobre o rosto.
-Eu só não acabo com você aqui mesmo, porquê agora é a sua deixa...
Continuei com a cabeça baixa, vendo as lágrimas molhar o chão em baixo de mim. Do nada, senti um puxão em meus cabelos, fazendo eu olhar pra cima.
-Olhe pra mim quando eu falo com você cadela! -ele disse com raiva - Escutou?
Me mantive calada. O tapa que ele lançou em meu rosto ainda ardia e eu não iria respondê-lo, ele não manda em mim. Mais um forte puxão em meus cabelos, pulsionou minha cabeça mais para trás.
-Eu disse: Escutou? -ele falou balbuciando-
Apenas o olhei com nojo. Porquê eu fui vendida para aquele homem? Quem é meu pai, minha mãe e porquê eles fizeram isso? Qual é a história da minha vida, afinal?
Gritei, quando senti ele me puxar pelos cabelos mais uma vez. Me fazendo levantar e olhá-lo, meus joelhos tremiam e a única coisa que me sustentava era sua mão fechada em meus fios castanhos. Senti cada mínimo fio se soltar do meu coro cabeludo, e repreendia gritos de dor, percebendo ele esperar pela minha fraqueza.
-Mas ela não presta mesmo...teimosa-ele falou sacana- Quando tudo isso acabar, preste bem atenção vadia: Eu vou acabar com você.
E me soltou, fazendo eu cair no chão com tudo. Reprimi um gemido de dor e abaixei minha cabeça vendo os passos de Ben para longe de mim.
-Pronta?
Levantei minha cabeça e vi Jackson me olhando incrédulo.
-Foi ele? -ele disse alterado-
Apenas continuei imóvel, vendo o chão cobre, sendo tomado por cupins e mofo. Respirei fundo, sentindo o cheiro de enxofre tomar conta de meus pulmões.
-Seunome...foi ele? -Jackson falou rispído- Foi Ben que fez isso em você?
Olhei-o, vendo algumas veias saltarem de sua testa e suas bochechas em um vermelho vivo. Jackson era meu segurança desde que eu tinha 10 anos. Ele me viu crescer, ouviu a primeira palavra, os primeiros passos. Ele é meu primeiro amigo, meu primeiro pai.
Apenas abaixei a cabeça e imaginei que ele já soubesse a resposta.
-Eu vou...
-Não vai nada. -disse cortando sua fala-
-Mas como você pode? -ele falou incrédulo- Ele te bate, usa e faz sei lá o quê, e é assim?
-Calma, a hora dele ainda não chegou -disse me levantando e limpando a roupa sexy demais,que eu vestia, é com isso que eu tenho que me apresentar- Ainda.
-E quando vai ser a hora dele? -Jackson disse-
Me levantei e andei ainda mancando em direção ao palco. Passei por algumas pessoas e respirei fundo antes de entrar. Percebi as luzes e holofotes baterem diretamente em meu rosto. Pisquei várias vezes, me acostumando com aquilo. Olhei pra trás e vi Jackson me olhando com uma expressão indecifrável.
-Em breve. Em breve. -disse com um sorriso sapeca no rosto e esquecendo da dor por um momento-
-Recebam Aquela que vai deixá-los hipnotizados com sua beleza, que tem na palma das mãos seu futuro e seu passado, ela sabe de tudo da sua vida com uma simples estalar de dedos, tomem muito cuidado com ela. A maravilhosa Seunome. -A voz estridente de Joseph ecoou pelo picadeiro
Ouvi as palmas e gritos da platéia preencher o espaço. Respirei fundo e adentrei ao grande local. Um nó se fez em meu estômago, assim que vi dois olhos azuis me encarando de uma das arquibancadas.
-Seunome? -Joseph me chamou- Que droga que você tá olhando?
Continuei vidrada naqueles malditos olhos azuis. Até que sinto alguma coisa bater em meus ombros, Ben me olhou com raiva e sussurrou um "Faz alguma coisa, vadia". Sem reação alguma, apenas olhei para todos e o homem não estava mais lá. Olhei para todos e diminuí meu olhar, entrando na mente de cada um e os deixando estáticos. Saí daquele lugar correndo, sentindo um braço me puxar.
-Que droga que você tá fazendo Seusobrenome? -Disse Ben apertando meu braço com força-
-Calma que eu já hipnotizei a eles, não é isso que você quer? O dinheiro deles? -disse dando um puxão forte fazendo ele soltar meu braço-
-Patrão? -ouvi a voz de Joseph ecoar- Temos que pegar as carteiras?
Peguei meu casaco que estava no cabideiro, o vesti e saí daquele local. Abri a porta e um vento frio invadiu meu corpo descoberto. Apertei mais o casaco ao meu corpo, porém as pernas ainda estavam descobertas. Andei um pouco, até, quem sabe, encontrar um iglu para passar a noite. Senti Uma mão agarrar meu braço direito que estava enfiado nos bolsos, em meu casaco lilás.
-Onde a boneca pensa que vai? -disse uma voz rouca que me arrepiou-
Virei pra trás, já pensando em usar algum dos meus dons, mas o maldito usava...
-Óculos escuro, princesa...pode guardando seus dons pra você mesma. -ele falou-
-Olha só, pensei que a gente fosse ter que passar uns dias aqui, mas pelo visto você conseguiu, Niall. -disse um moreno de voz estridente aparecendo-
Fiz força pra tentar me livrar dos braços do loiro.
-E até que ela é bem gostosa hein...-disse o mesmo encarando minhas pernas descobertas-
-Que foi graçinha, com medo? -disse outro moreno- A gente cuida de você, gostosa.
-Liam! Cadê o Harry? -disse o loiro ainda me mantendo firme em seus braços-
-Eu acho que...
Mas antes que ele pudesse terminar, uma Land Rover, que parecia ser a mesma que vi a pouco tempo, apareceu em meio a nevasca, buzinando como louco.
-E aí gatinha, qual seu nome? -o moreno de voz estridente falou-
Me mantive calada. Ele que se ferre, eu não vou falar nada.
-Se eu fosse você falava, porquê eu estou pedindo com educação, mas pelo visto, vai ter que ser do meu jeito. -ele disse-
-É melhor você falar -o loiro disse- Ninguém quer ver o Louis estressado.
Antes que pudesse dar uma resposta bem mal-educada a eles, fui interrompida pela porta do carro que se abria.
-Então garotos, conseguiram a...-assim que me viu parou de falar- Que gostosa! -Um garoto de cabelos cacheados, porém bagunçados, Disse.-
-Não é? -aquele loiro disse entrando comigo no carro-
-E ae' princesa? -o cacheado disse- Com medo?
Revirei meus olhos e o vi rir pelo nariz. Assim que todos entraram o carro decolou pela neve, fazendo eu cair no colo daquele de voz estridente. Me levantei para sair dali, mas meu quadril foi puxado pra baixo. Fiz força e acabou que caí, fazendo todos ao meu redor rirem.
-Tão frágil...-disse o cacheado tirando seus olhos do caminho por um momento e passando as costas das mãos em meus lábios.-
Me lembrei das palavras de Ben e mordi sua mão.
-Filha da mãe! -o cacheado disse- Sua cachorra, você não perde por esperar.
-Liam, cadê a mordaça? -disse "Niall"-
-Toma -ele falou lhe entregando um pedaço de pano vermelho-
Arregalei os olhos e ele somente riu do meu ato. Percebi derramar um líquido irreconhecível e então sorrir pra mim, com segundas intenções.
-Louis, segura a cabeça dela -Niall disse-
Quando ele foi chegar perto de mim para obedecer as ordens de Niall, me debati, em uma tentativa falha de impedí-lo. Senti suas mãos segurarem meus dois lados da cabeça á força. Ele pôs aquilo sobre meu nariz, fazendo pressão, senti aquele líquido se misturar com o ar, e o fôlego faltou, fui fechando os olhos aos poucos.
-Nada de se aproveitar da menina garotos. -Louis disse fazendo todos rirem-
-Eu não te garanto, que não vou fazer nada. -o cacheado disse-
Apenas ouvi risos e fui caindo em um sono profundo, sentindo pela primeira vez, o sol.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Fanfic: Experiment 49: Miss America - Prólogo





Prólogo

Olhe nos meus olhos. Nos profundos globos escuros e misteriosos. Feche os olhos. Você está vendo sua vida caso continue ao meu lado, está vendo o vale do abismo, está vendo seu último sorriso. Eu sou sua primeira e última pessoa, sou a única, porquê quando você vem até mim, não tem mais volta, não tem mais porta. Só tem os gritos e suspiros, de alguém esquecido. Eu sou o monstro dentro do seu guarda-roupa, com corpo de mulher, sorriso de maníaca, com raiva da vida. Eu mordo e ouço seu choro. Como se isso me machucasse. Realmente? Eu quero que a droga da realidade se ferre. Eu sou a aberração, que viveu presa em um alçapão, apenas ela e a solidão. Quando a noite se faz escura e as estrelas ocupam suas posições, eu apareço e trago o medo. 23:50 Todos saiem de suas sombras. 23:55 Ruídos, escuridão. Poços abertos. 00:00 Era da extinção, era dos escolhidos. Eu só tenho escuridão para oferecer, e na maioria das vezes, todos querem um pouco de luz. E isso ninguém vê. Precisam entender: eu nasci pra morrer. Eu sou aquela do arrepio, que faz tremer o joelho e gaguejar palavras sem sentido. Sou aquela que procura um pouco de sorriso, que vai rezar toda noite antes de dormir, para quem sabe, parar com toda essa maldade. Eu vou achar engraçado, seu jeans desbotado e seus chuck taylors de cano alto. Que parece escutar um rock pesado, mas é apenas Michael Bublé, cantando no rádio. Alguém que quer sair do amargo. Eu sou apenas uma experiencia. Da aberração, a perfeição. Que perguntou a Um cara: "Quer casar comigo?", e ele disse: "Não". Tomei um banho frio, deixei as lágrimas se misturar com a água, deixei as cicatrizes que ele fez em mim expostas. Uma blusa sem mangas. Cor de rosa. Fui até o rio São Francisco e me joguei dali, mas então lembrei que era invencível. Submergi de volta e fui procurar ele de volta. Me humilhei aos seus pés e de mulher, voltei a menina. Voltei a ser apenas uma na multidão. Eu me arrependo desse dia amargamente. Me arrependo do dia que me entreguei pra ele de coração e mente. Eu quis voltar atrás, mas não pude. Então continuei me humilhando. Até que conheci ele. E tudo mudou, por tantos anos, e achei alguém para ver comigo, aquele por-do-sol mexicano, alguém que eu possa dizer: "Casa comigo?". E que responda: "Com certeza, mais que amigos."


Notas da Autora:
Bom gente, acho que é isso por hoje. Vou dormir, porquê a cama tá me chamando.
Anciosos pro primeiro capítulo? Espero que sim. Comentem, okay?
Andy ^-^

Fanfic: Experiment 49: Miss America - Sinopse




Sinopse:
Uma experiência. Tão louca, quanto seus livros, tão psicopata, quanto seus pensamentos, tão sozinha quanto seus quadros, tão irresistível, quanto a carne. Alguém com medo, posso sentir o cheiro...os lábios vermelhos e o amargo gosto dos beijos. Olhos escuros, uma rosa preta. Horrivelmente irresistível, dos pés a cabeça.

Gênero: Drama, ação, terror, romance, mistério e ficção.
Autora: Andy Ferreira @AnnaRealFG
Categoria: One direction
Classificação: 12+
Status: Em andamento


Notas da autora:
E ae!? Bom gente, agora que eu já escrevi o prólogo e a sinopse da nova fic, vou continuar com: Querido Harry, você prometeu FPS. Okay? Gostaram? Esprro que sim. ;) Comentem.
Andy ♡♥♡

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Fanfic: Querido Harry, você prometeu (ficar para sempre) - Capítulo 7


                                               Comer, é o melhor para poder crescer


No lugar, se via a movimentação de pessoas, de um lado pro outro, o "Petit Up La vien" estava oficialmente aberto. E era mais uma noite para comer fora, levar a namorada para um local romântico e etc...Enquanto alguns clientes se deliciavam com o prato principal e a maravilhosa degustação de vinho que o dono estava oferecendo, como gesto de agradecimento a alguns dos nomes mais importantes de LA, por o restaurante estar mais uma vez, nos melhores da América, lista feita pela "Oprah magazine". Era também de imensa satisfação e um pouco de medo, saber que um crítico estava ali essa noite, disfarçado. Pois bem, Jean Pierre, fez seu melhor sutaque francês, para atender a todos os clientes com cordialidade e tentar algumas de suas idéias fracassadas, pra descobrir o crítico. E com seus olhos estreitos, observou todo local, procurando alguém suspeito, mas apenas conseguia ver as mesmas cenas de sempre e por sua vez, desistiu. Tomando rumo a cozinha, alertou a todos os funcionários, que nada sairia dali, com menos que perfeição.
Já no centro do grande salão, sentada a uma das mesas, apertando freneticamente a caneta azul em suas mãos e seu bloco de notas, jogado, de um outro lado da mesa,enquanto os pratos saíam da cozinha formalmente, a tal mulher já se sentia a beira dos nervos. Sua única vontade, era comer a pequena porção de comida, que todos ao seu redor já tinham saboreado, mas a sua, ainda não. Bufou em frustração e puxou o pequeno bloco para si, abrindo o mesmo E sua caneta de ponta fina, para começar sua avaliação do serviço, horrível, afinal. Riscou algumas palavras como: demorado, irrepriensível, grotesco e totalmente inaceitável.
Largou a caneta em cima da mesa, observando os garçons que entravam e saíam da cozinha. Manteve seus olhos ali, tentando achar algum motivo para ainda estar esperando seu prato chegar. "Será que descobriram quem eu sou?" -Seunome pensou. Mas logo depois, soltou um sorriso, como se sua reflexão, foi a coisa mais boba do mundo. Apenas fez um sinal negativo com a cabeça e se concentrou em ficar calma. E quando viu um garçom se aproximar de sua mesa, se manteve estática esperando a comida chegar. Quando o homem a serviu, permitiu entregar um bilhete, e Seunome lhe olhou de cara feia, pois quando estava prestes a perguntar o que era aquilo, foi interrompida.
-MiLady, o prato principal de hoje é: vieiras ao vinho tinto. Espero que deguste. -ele disse- E esse bilhete, são conciderações especiais do chefe.
Agradeci a ele com um gesto e peguei meus talheres. Respirei fundo, sentindo o cheiro maravilhoso da comida, entrar em combustão com minhas veias nazais. Mas logo depois revirei os olhos, ao ver a pequena porção. Que droga. Antes de tudo, peguei o bilhete lendo-o e arregalando os olhos.
"Querida Seunome,
Espero que goste do prato, que eu mesmo fiz e me esforcei para sair perfeito. Pois não quero que suas papilas gustativas sejam estragadas por um dos meus meros cozinheiros. Não é Mesmo, Juíza?
Seu querido, mas desconhecido Harry."
O que era aquilo? Esqueci da minha fome, por um momento e me virei em direção da cozinha, ainda sentada. Mas logo depois me arrependi, assim que vi Harry me observando, mordendo os lábios. O que aquele homem tinha? Como ele sabia que eu era a crítica? Por talvez, alguns minutos, fiquei observando seu rosto, com um sorriso sacana. Despertei de meus pensamentos e me virei de volta para meu prato. Peguei meus talheres e voltei a prestar atenção no que realmente me interessava. Dei uma garfada em uma de minhas vieiras e levei até a boca, sentindo o gosto delicioso delas. Fechei meus olhos, saboreando e sentindo os mínimos temperos: agrião, orégano, salsa e alho. Abri os olhos, assim que vi uma figura, nem um pouco interessante e chata na minha frente, pondo um pouco de vinho em minha taça.
-Vinho do porto, última edição, 1850. -Harry disse servindo em outra taça-
Apenas fiquei encarando ele e revirei os olhos, ao vê-lo sentar a minha frente.
-O que você quer? -disse, tentando parecer distraída, dando mais uma garfada em meu prato-
Vi ele sorrir e direcionar seu olhar pra mim.
-O que eu quero? -ele falou lentamente, como se estivesse raciocinando- talvez se tornar um amigo? -Harry falou duvidoso-
Não me aguentei, e começei a rir desesperadamente.
-Você deve estar brincando né? -disse vendo sua expressão permanecer séria- Não, você não está brincando...-falei diminuindo o sorriso-
-Olha, eu sou novo aqui...e além do mais -ele me olhou com desdém- o que iria querer com uma garota que nem você?
Larguei o garfo e olhei pra ele, nem um pouco feliz.
-Cala a boca. -disse me levantando-
Peguei meus objetos, e me levantei, saindo dali ás pressas.
Acho que Jean Pierre, teria que demitir alguém, porquê graças a ele, o "Petit Up La Vien", não terá boas críticas no "The LA times" de amanhã. Continuei caminhando, ouvindo passos atrás de mim.
-Será que dá pra você parar de me seguir? -disse nervosa, me virando pra Harry-
Ele apenas parou e ficou me encarando por alguns segundos. Voltei a andar e continuei a ouvir os passos. Me virei mais uma vez e assim que olhei para trás, não vi ninguém. Eu estou ficando louca? -pensei.
Continuei a caminha, indo em direção a minha rua. Dimunuí a velocidade e descansei meus músculos, vendo o local coberto pela neblina. Apenas respirei fundo e continuei a caminhar. Apertei minha mochila nas costas, tomando cuidado para qualquer outra pessoa que ousasse me seguir, não tomar nada em suas mãos, que seja meu. Pensei por um momento em Tony. Hoje era o dia de mais uma de suas exposições, os quadros que andara fazendo desde a morte de Sam, até aqui, eram absolutamente horríveis. Sei que devia dar atenção e apoio a ele, mas parece que a cada dia, sem a presença de Sam aqui, ele se destrói. Da última vez que o vi, estava horrível. Tanto em aparência, quanto personalidade. Seu fisíco era magro, mas não de um modo aceitável, mas sim, parecendo um esqueleto humano. Me lembro que Fedia a cigarro, whisky e menta. Estava pálido, sem vida. Sua expressão deixava qualquer pessoa, que ao seu lado estivesse feliz: triste. Seu cabelo tinha crescido até o ombro, e suas roupas estavam sujas e desproporcionais ao seu corpo. Seu estado era deplorável. Me lembro de ter mandado-o se cuidar, mas um mês depois, estava pior do que antes. Ele é teimoso, não sei porquê ainda acho que isso um dia vai mudá-lo. Mas vai. Eu sinto. Ele está se afogando mais e mais em sua vida vazia. Não larga do passado, das roupas velhas de Sam, das fotos, da casa. A cada dia se apega mais e mais, e parece que vejo a morte dele chegando. Sei que isso pode parecer macabro, mas é a verdade. Não vejo nem mais um pouco de felicidade em seus olhos, e parece que ninguém pode lhe dar "essa" felicidade. Sei que minhas tentativas são inúteis, mas prefiro tentar.
Prometi levá-lo depois que tudo acabasse, para South Beach, e levei. Queria poder dizer que rimos de várias coisas, fizemos, várias coisas e etc...Mas não. Tudo que ele via, repito: TUDO que ele via, se lembrava de Sam. Completamente TUDO.
Assim que vi minha casa no final da rua, sorri ao pensar em apenas uma coisa: cama. Até que enfim.
Mas meu sorriso diminui, quando vi quem estava na frente da minha casa, encostado em uma ferrari vermelha. Harry. E droga, ele estava realmente sexy. Com uma jaqueta de couro cobrindo seus ombros, uma calça jeans que lhe caia perfeitamente e uma blusa social, com os dois primeiros botões abertos. Nas mãos, Um buquê de rosas vermelhas.
Logo um sorriso sacana, surgiu em seu rosto, ao me ver encarando-o. Mas uma coisa que estava em minha cabeça era: porquê ele estava em frente a minha casa assim?
Saí de meus pensamentos, quando vi ele olhar pra porta de sua casa, e de lá sair uma mulher, que aparentava, talvez, ter uns 40 anos. O que era aquilo? Por acaso ele estava virando algum tipo de aproveitador de velinhas, que não pagam o aluguel?
Só um tempo depois, pude perceber que fiquei parada no meio da rua observando aquilo, e só fui acordar de meus pensamentos, quando percebo os dois me encarando, com expressões de repugnância. Revirei meus olhos e movi meus pés em direção a minha casa. Que idiota, os vizinhos novos deviam estar pensando agora: "ótimo. Temos uma fofoqueira no bairro."
Pus minha mão sobre a macaneta e girei, ouvindo a voz esganiçada de Bonnie, tomar conta de meus tímpanos. Assim que entrei, chutei a porta com os pés e vi a mesma cena que eu sempre vejo: Minha vó cheia de plástica, tendo tentativas fracassadas de cantar e se tornar um artista reconhecido. Acho que o máximo que um disco seu pode fazer sucesso, são quase 0,00001%. E bom, ela prefere acreditar nesse 0,00001%, mas veja pelo lado bom: ela tem fé. Mas veja pelo lado ruim: eu que ouço. Me dirigi até as escadas, sem ao menos dizer um "oi" para qualquer alma ali presente e abri a porta do meu quarto, encontrando Oliver jogado sobre minha cama, prestando atenção em alguma coisa da qual não pude descobrir.
Sem uma palavra se quer, tirei meus sapatos, minha mochila das costas e pulei na cama, afundando nos braços dele.
-Que foi Seunome? -ele falou carinhoso-
-Nada. -disse tentando não parecer seca-
Enquanto fazia desenhos aleatórios em seu peitoral nu, transportei meus olhos até a TV, pudendo perceber que mantinha-se no canal Animal Planet, e o narrador dizia alguma coisa sobre suricatos e reprodução da espécie, que fazia questão de não dar ouvidos.
Virei meu rosto para Oli, que estava vidrado no programa e não desviava por nada. Bom, sabe aquele Jackie Dee, que eu disse ter adotado ele e ter o levado pra longe, pois bem, Jackie Dee, é a minha "irmã" mais velha. Eu sei, puro destino isso. Quando soube que o capitão do time de basquete, da minha antiga escola, agora era um Young, uma parte minha pensou: "Droga". Mas a outra ficou: "Talvez seja até bom. Talvez". E eu acreditei nessa e agora eu tenho um "irmão mais velho". Sabe, aquele papo todo de eu dizer que ele era um burro de carga, é e ainda continua a ser verdade. Mas não tão burro, quando o assunto envolve garotas e família. O que é incrível. Porquê todo esse tempo que Tony não esteve presente, foi ele quem me segurou, e me ajudou contra tudo e contra todos.
Oliver não era só mais uma memória dos tempos de escola, ele é alguém que eu posso confiar, um irmão mais velho que nunca tive. Aliás, a mais nova aqui em casa, sou eu, mas eu não sou mimada, nem um pouquinho, aqui é um por todos e todos por um. Simples. E sem Algum nexo, meus pensamentos foram em direção a Harry e aquela quarentona. Ele simplesmente deve ser louco, velhas Harry? Sério? Sei que não tenho intimidade nenhuma, pra falar qualquer bosta que seja da vida dele, mas é realmente estranho você presenciar uma cena daquelas. Tudo bem que ele não é tão novo, eu acho. Mas, é indiscrítivel. Imagine comigo: é como ver um velinho com uma menina de apenas 15 anos, e porquê droga que eu me importo com quem ele sai? É, eu realmente devo ser uma "garotinha" pra ele, quem sabe.
-Oli? -falei chamando sua atenção-
-Sim Seuapelido? -ele falou retirando seus olhos da TV por um momento-
Senti minhas bochechas esquentarem com a pergunta que eu ia fazer, de repente pareceu que o ar faltou e voz foi junto. Calma, coragem Seunome, coragem. -pensei, tentando aliviar a pressão que eu mesma estava fazendo sobre mim.
-Você me acha...ehh...sabe, você sabe...-falei me atrapalhando mas palavras- Assim, meio que, sabe? Ehh...
-Gata? -ele disse me olhando-
Soltei um sorriso leve, a palavra não era bem essa, mas, tudo bem.
-Sim, -disse processando- gata.
-Muito -ele disse como se fosse a coisa mais simples do mundo-
-Sério? -falei olhando-o desconfiada-
-Aham.
E em um movimento rápido, ele se virou, ficando por cima de mim na cama. Notei um pouco de malícia em seus olhos, mas também um pouco de diversão.
-Eu te acho super gata, -ele falou enquanto contornava meu corpo- sexy, -nisso, ele pôs sua boca perto do meu pescoço e pude sentir seu hálito Quente- muito gostosa...-até que deu uma mordida em meu pescoço- eu fico de pau duro só de pensar você gemendo meu nome...-Oli disse rouco-
Escondi minha risada abafada e me lembrei de quando nos conhecemos fora da escola, fazíamos praticamente tudo juntos. E nosso primeiro tudo, foi com ambos. O que é meio que esquisito, pois tinha já 15 anos e ele 18. Então com certeza, Oliver era bem mais experiente que eu. Ele me levou em minha primeira racha (corrida), ele que me deu minha primeira tragada, meu primeiro orgasmo, ele me deu tudo. E quando fomos ver, ambos estavam envolvidos um ao outro e já passavam dos limites das bebidas, drogas e etc...Estávamos perdidos e não queríamos voltar. Então, eu tomei a decisão: acabar com isso de uma vez por todas. Saí daquele mundo terrível e logo Oli, veio atrás de mim. Nunca mais tivemos conversas do passado, nem aquelas trocas de carícias...nada. Mas com certeza, eu sentia falta de dar a partida nas rachas, dos amigos que fiz lá, como Gregory, Wayne, Sullivan, Jay D, Bennett e todos o que eu sempre gostei e continuo gostando.
Sentia falta dos becos escuros de LA e a briga de gangues, era isso que fazia meu sangue borbulhar. Era disso que eu precisava. Mas agora, sou uma pessoa séria, nada de recaídas.
Fui acordada de meus pensamentos, quando Oliver saiu de cima de mim.
-Desculpa, -ele disse nervoso- é que esse reino dos suricatos, não é nem um pouco interessante.
Rimos por um momento, aliviando a tensão que tinha no quarto.
Me virei de volta para Oli, que me olhava com uma expressão indecifrável.
-Dorme aqui hoje? -disse sem pensar-
Apenas vi ele assentir com a cabeça, pegar o controle e desligar a TV. Apoiei minha cabeça sobre seu peito, sentindo a coberta ser puxada sobre nós e meus olhos pesarem, ouvindo o barulho de uma buzina próxima demais.



Hey gente!
Bom, gostaram? Antes de tudo, eu tenho um aviso muito chato pra vocês.
Mas antes de tudo sei que esse capítulo tá um cocô okay?
Pois bem, TALVEZ eu fique sem postar a fic por um bom momento, já que eu tenho outras em mão, e terei que deixar essa um pouco de lado. Okay? Eu sei que é chato, mas terei que fazer isso. Amo vocês e espero que comentem e me entendam.
Andy ♥