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sexta-feira, 27 de junho de 2014
Fanfic: Querido Harry, você prometeu (ficar para sempre) - Capítulo 7
Comer, é o melhor para poder crescer
No lugar, se via a movimentação de pessoas, de um lado pro outro, o "Petit Up La vien" estava oficialmente aberto. E era mais uma noite para comer fora, levar a namorada para um local romântico e etc...Enquanto alguns clientes se deliciavam com o prato principal e a maravilhosa degustação de vinho que o dono estava oferecendo, como gesto de agradecimento a alguns dos nomes mais importantes de LA, por o restaurante estar mais uma vez, nos melhores da América, lista feita pela "Oprah magazine". Era também de imensa satisfação e um pouco de medo, saber que um crítico estava ali essa noite, disfarçado. Pois bem, Jean Pierre, fez seu melhor sutaque francês, para atender a todos os clientes com cordialidade e tentar algumas de suas idéias fracassadas, pra descobrir o crítico. E com seus olhos estreitos, observou todo local, procurando alguém suspeito, mas apenas conseguia ver as mesmas cenas de sempre e por sua vez, desistiu. Tomando rumo a cozinha, alertou a todos os funcionários, que nada sairia dali, com menos que perfeição.
Já no centro do grande salão, sentada a uma das mesas, apertando freneticamente a caneta azul em suas mãos e seu bloco de notas, jogado, de um outro lado da mesa,enquanto os pratos saíam da cozinha formalmente, a tal mulher já se sentia a beira dos nervos. Sua única vontade, era comer a pequena porção de comida, que todos ao seu redor já tinham saboreado, mas a sua, ainda não. Bufou em frustração e puxou o pequeno bloco para si, abrindo o mesmo E sua caneta de ponta fina, para começar sua avaliação do serviço, horrível, afinal. Riscou algumas palavras como: demorado, irrepriensível, grotesco e totalmente inaceitável.
Largou a caneta em cima da mesa, observando os garçons que entravam e saíam da cozinha. Manteve seus olhos ali, tentando achar algum motivo para ainda estar esperando seu prato chegar. "Será que descobriram quem eu sou?" -Seunome pensou. Mas logo depois, soltou um sorriso, como se sua reflexão, foi a coisa mais boba do mundo. Apenas fez um sinal negativo com a cabeça e se concentrou em ficar calma. E quando viu um garçom se aproximar de sua mesa, se manteve estática esperando a comida chegar. Quando o homem a serviu, permitiu entregar um bilhete, e Seunome lhe olhou de cara feia, pois quando estava prestes a perguntar o que era aquilo, foi interrompida.
-MiLady, o prato principal de hoje é: vieiras ao vinho tinto. Espero que deguste. -ele disse- E esse bilhete, são conciderações especiais do chefe.
Agradeci a ele com um gesto e peguei meus talheres. Respirei fundo, sentindo o cheiro maravilhoso da comida, entrar em combustão com minhas veias nazais. Mas logo depois revirei os olhos, ao ver a pequena porção. Que droga. Antes de tudo, peguei o bilhete lendo-o e arregalando os olhos.
"Querida Seunome,
Espero que goste do prato, que eu mesmo fiz e me esforcei para sair perfeito. Pois não quero que suas papilas gustativas sejam estragadas por um dos meus meros cozinheiros. Não é Mesmo, Juíza?
Seu querido, mas desconhecido Harry."
O que era aquilo? Esqueci da minha fome, por um momento e me virei em direção da cozinha, ainda sentada. Mas logo depois me arrependi, assim que vi Harry me observando, mordendo os lábios. O que aquele homem tinha? Como ele sabia que eu era a crítica? Por talvez, alguns minutos, fiquei observando seu rosto, com um sorriso sacana. Despertei de meus pensamentos e me virei de volta para meu prato. Peguei meus talheres e voltei a prestar atenção no que realmente me interessava. Dei uma garfada em uma de minhas vieiras e levei até a boca, sentindo o gosto delicioso delas. Fechei meus olhos, saboreando e sentindo os mínimos temperos: agrião, orégano, salsa e alho. Abri os olhos, assim que vi uma figura, nem um pouco interessante e chata na minha frente, pondo um pouco de vinho em minha taça.
-Vinho do porto, última edição, 1850. -Harry disse servindo em outra taça-
Apenas fiquei encarando ele e revirei os olhos, ao vê-lo sentar a minha frente.
-O que você quer? -disse, tentando parecer distraída, dando mais uma garfada em meu prato-
Vi ele sorrir e direcionar seu olhar pra mim.
-O que eu quero? -ele falou lentamente, como se estivesse raciocinando- talvez se tornar um amigo? -Harry falou duvidoso-
Não me aguentei, e começei a rir desesperadamente.
-Você deve estar brincando né? -disse vendo sua expressão permanecer séria- Não, você não está brincando...-falei diminuindo o sorriso-
-Olha, eu sou novo aqui...e além do mais -ele me olhou com desdém- o que iria querer com uma garota que nem você?
Larguei o garfo e olhei pra ele, nem um pouco feliz.
-Cala a boca. -disse me levantando-
Peguei meus objetos, e me levantei, saindo dali ás pressas.
Acho que Jean Pierre, teria que demitir alguém, porquê graças a ele, o "Petit Up La Vien", não terá boas críticas no "The LA times" de amanhã. Continuei caminhando, ouvindo passos atrás de mim.
-Será que dá pra você parar de me seguir? -disse nervosa, me virando pra Harry-
Ele apenas parou e ficou me encarando por alguns segundos. Voltei a andar e continuei a ouvir os passos. Me virei mais uma vez e assim que olhei para trás, não vi ninguém. Eu estou ficando louca? -pensei.
Continuei a caminha, indo em direção a minha rua. Dimunuí a velocidade e descansei meus músculos, vendo o local coberto pela neblina. Apenas respirei fundo e continuei a caminhar. Apertei minha mochila nas costas, tomando cuidado para qualquer outra pessoa que ousasse me seguir, não tomar nada em suas mãos, que seja meu. Pensei por um momento em Tony. Hoje era o dia de mais uma de suas exposições, os quadros que andara fazendo desde a morte de Sam, até aqui, eram absolutamente horríveis. Sei que devia dar atenção e apoio a ele, mas parece que a cada dia, sem a presença de Sam aqui, ele se destrói. Da última vez que o vi, estava horrível. Tanto em aparência, quanto personalidade. Seu fisíco era magro, mas não de um modo aceitável, mas sim, parecendo um esqueleto humano. Me lembro que Fedia a cigarro, whisky e menta. Estava pálido, sem vida. Sua expressão deixava qualquer pessoa, que ao seu lado estivesse feliz: triste. Seu cabelo tinha crescido até o ombro, e suas roupas estavam sujas e desproporcionais ao seu corpo. Seu estado era deplorável. Me lembro de ter mandado-o se cuidar, mas um mês depois, estava pior do que antes. Ele é teimoso, não sei porquê ainda acho que isso um dia vai mudá-lo. Mas vai. Eu sinto. Ele está se afogando mais e mais em sua vida vazia. Não larga do passado, das roupas velhas de Sam, das fotos, da casa. A cada dia se apega mais e mais, e parece que vejo a morte dele chegando. Sei que isso pode parecer macabro, mas é a verdade. Não vejo nem mais um pouco de felicidade em seus olhos, e parece que ninguém pode lhe dar "essa" felicidade. Sei que minhas tentativas são inúteis, mas prefiro tentar.
Prometi levá-lo depois que tudo acabasse, para South Beach, e levei. Queria poder dizer que rimos de várias coisas, fizemos, várias coisas e etc...Mas não. Tudo que ele via, repito: TUDO que ele via, se lembrava de Sam. Completamente TUDO.
Assim que vi minha casa no final da rua, sorri ao pensar em apenas uma coisa: cama. Até que enfim.
Mas meu sorriso diminui, quando vi quem estava na frente da minha casa, encostado em uma ferrari vermelha. Harry. E droga, ele estava realmente sexy. Com uma jaqueta de couro cobrindo seus ombros, uma calça jeans que lhe caia perfeitamente e uma blusa social, com os dois primeiros botões abertos. Nas mãos, Um buquê de rosas vermelhas.
Logo um sorriso sacana, surgiu em seu rosto, ao me ver encarando-o. Mas uma coisa que estava em minha cabeça era: porquê ele estava em frente a minha casa assim?
Saí de meus pensamentos, quando vi ele olhar pra porta de sua casa, e de lá sair uma mulher, que aparentava, talvez, ter uns 40 anos. O que era aquilo? Por acaso ele estava virando algum tipo de aproveitador de velinhas, que não pagam o aluguel?
Só um tempo depois, pude perceber que fiquei parada no meio da rua observando aquilo, e só fui acordar de meus pensamentos, quando percebo os dois me encarando, com expressões de repugnância. Revirei meus olhos e movi meus pés em direção a minha casa. Que idiota, os vizinhos novos deviam estar pensando agora: "ótimo. Temos uma fofoqueira no bairro."
Pus minha mão sobre a macaneta e girei, ouvindo a voz esganiçada de Bonnie, tomar conta de meus tímpanos. Assim que entrei, chutei a porta com os pés e vi a mesma cena que eu sempre vejo: Minha vó cheia de plástica, tendo tentativas fracassadas de cantar e se tornar um artista reconhecido. Acho que o máximo que um disco seu pode fazer sucesso, são quase 0,00001%. E bom, ela prefere acreditar nesse 0,00001%, mas veja pelo lado bom: ela tem fé. Mas veja pelo lado ruim: eu que ouço. Me dirigi até as escadas, sem ao menos dizer um "oi" para qualquer alma ali presente e abri a porta do meu quarto, encontrando Oliver jogado sobre minha cama, prestando atenção em alguma coisa da qual não pude descobrir.
Sem uma palavra se quer, tirei meus sapatos, minha mochila das costas e pulei na cama, afundando nos braços dele.
-Que foi Seunome? -ele falou carinhoso-
-Nada. -disse tentando não parecer seca-
Enquanto fazia desenhos aleatórios em seu peitoral nu, transportei meus olhos até a TV, pudendo perceber que mantinha-se no canal Animal Planet, e o narrador dizia alguma coisa sobre suricatos e reprodução da espécie, que fazia questão de não dar ouvidos.
Virei meu rosto para Oli, que estava vidrado no programa e não desviava por nada. Bom, sabe aquele Jackie Dee, que eu disse ter adotado ele e ter o levado pra longe, pois bem, Jackie Dee, é a minha "irmã" mais velha. Eu sei, puro destino isso. Quando soube que o capitão do time de basquete, da minha antiga escola, agora era um Young, uma parte minha pensou: "Droga". Mas a outra ficou: "Talvez seja até bom. Talvez". E eu acreditei nessa e agora eu tenho um "irmão mais velho". Sabe, aquele papo todo de eu dizer que ele era um burro de carga, é e ainda continua a ser verdade. Mas não tão burro, quando o assunto envolve garotas e família. O que é incrível. Porquê todo esse tempo que Tony não esteve presente, foi ele quem me segurou, e me ajudou contra tudo e contra todos.
Oliver não era só mais uma memória dos tempos de escola, ele é alguém que eu posso confiar, um irmão mais velho que nunca tive. Aliás, a mais nova aqui em casa, sou eu, mas eu não sou mimada, nem um pouquinho, aqui é um por todos e todos por um. Simples. E sem Algum nexo, meus pensamentos foram em direção a Harry e aquela quarentona. Ele simplesmente deve ser louco, velhas Harry? Sério? Sei que não tenho intimidade nenhuma, pra falar qualquer bosta que seja da vida dele, mas é realmente estranho você presenciar uma cena daquelas. Tudo bem que ele não é tão novo, eu acho. Mas, é indiscrítivel. Imagine comigo: é como ver um velinho com uma menina de apenas 15 anos, e porquê droga que eu me importo com quem ele sai? É, eu realmente devo ser uma "garotinha" pra ele, quem sabe.
-Oli? -falei chamando sua atenção-
-Sim Seuapelido? -ele falou retirando seus olhos da TV por um momento-
Senti minhas bochechas esquentarem com a pergunta que eu ia fazer, de repente pareceu que o ar faltou e voz foi junto. Calma, coragem Seunome, coragem. -pensei, tentando aliviar a pressão que eu mesma estava fazendo sobre mim.
-Você me acha...ehh...sabe, você sabe...-falei me atrapalhando mas palavras- Assim, meio que, sabe? Ehh...
-Gata? -ele disse me olhando-
Soltei um sorriso leve, a palavra não era bem essa, mas, tudo bem.
-Sim, -disse processando- gata.
-Muito -ele disse como se fosse a coisa mais simples do mundo-
-Sério? -falei olhando-o desconfiada-
-Aham.
E em um movimento rápido, ele se virou, ficando por cima de mim na cama. Notei um pouco de malícia em seus olhos, mas também um pouco de diversão.
-Eu te acho super gata, -ele falou enquanto contornava meu corpo- sexy, -nisso, ele pôs sua boca perto do meu pescoço e pude sentir seu hálito Quente- muito gostosa...-até que deu uma mordida em meu pescoço- eu fico de pau duro só de pensar você gemendo meu nome...-Oli disse rouco-
Escondi minha risada abafada e me lembrei de quando nos conhecemos fora da escola, fazíamos praticamente tudo juntos. E nosso primeiro tudo, foi com ambos. O que é meio que esquisito, pois tinha já 15 anos e ele 18. Então com certeza, Oliver era bem mais experiente que eu. Ele me levou em minha primeira racha (corrida), ele que me deu minha primeira tragada, meu primeiro orgasmo, ele me deu tudo. E quando fomos ver, ambos estavam envolvidos um ao outro e já passavam dos limites das bebidas, drogas e etc...Estávamos perdidos e não queríamos voltar. Então, eu tomei a decisão: acabar com isso de uma vez por todas. Saí daquele mundo terrível e logo Oli, veio atrás de mim. Nunca mais tivemos conversas do passado, nem aquelas trocas de carícias...nada. Mas com certeza, eu sentia falta de dar a partida nas rachas, dos amigos que fiz lá, como Gregory, Wayne, Sullivan, Jay D, Bennett e todos o que eu sempre gostei e continuo gostando.
Sentia falta dos becos escuros de LA e a briga de gangues, era isso que fazia meu sangue borbulhar. Era disso que eu precisava. Mas agora, sou uma pessoa séria, nada de recaídas.
Fui acordada de meus pensamentos, quando Oliver saiu de cima de mim.
-Desculpa, -ele disse nervoso- é que esse reino dos suricatos, não é nem um pouco interessante.
Rimos por um momento, aliviando a tensão que tinha no quarto.
Me virei de volta para Oli, que me olhava com uma expressão indecifrável.
-Dorme aqui hoje? -disse sem pensar-
Apenas vi ele assentir com a cabeça, pegar o controle e desligar a TV. Apoiei minha cabeça sobre seu peito, sentindo a coberta ser puxada sobre nós e meus olhos pesarem, ouvindo o barulho de uma buzina próxima demais.
Hey gente!
Bom, gostaram? Antes de tudo, eu tenho um aviso muito chato pra vocês.
Mas antes de tudo sei que esse capítulo tá um cocô okay?
Pois bem, TALVEZ eu fique sem postar a fic por um bom momento, já que eu tenho outras em mão, e terei que deixar essa um pouco de lado. Okay? Eu sei que é chato, mas terei que fazer isso. Amo vocês e espero que comentem e me entendam.
Andy ♥
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