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segunda-feira, 9 de junho de 2014
Fanfic: Querido Harry, você prometeu (ficar para sempre) - Capítulo 5
Sam
Era qualquer dia como outro. Mas não deveria ser. Era o mesmo amor, o mesmo calor, o mesmo abraço, era a mesma partida, era o mesmo tchau, não um adeus, apenas um “eu tenho que ficar fora por alguns dias”. O amor é paciente, é genoroso.
“Não chore agora”.
Ele te faz ouvir, ele te faz quebrar. “Não chore agora”.
Ele é a pior promessa do para sempre.
“Não chore agora”
Ele te derruba, só pra te levantar…ele te faz chorar…só pra deixar pra lá. Como se eu realmente conseguisse isso, como se eu fosse um monte, que se levanta do chão…se por acaso eu tivesse chão. Eu prometi não prometer nada. E eu não vou. Não vou deixar nada entrar nas paredes da minha vida vazia, vou me afastar da calçada e ir pra rua. Os carros podem vir…eu não ligo. Eu vou me esconder nessa casa, vou tentar apagar os rabiscos, vou passar por suas fotos e não vou lembrar de nada. Vou tentar pensar em coisas felizes…apesar de tudo que eu fiz de feliz foi ao seu lado. Vou levar minha tristeza para um poço, já que ninguém procura nada lá. Ninguém pensa; “será que nesse escuro e fundo lugar, alguém escondeu alguma coisa?”.
Não pensam assim…pelo menos eu não. E esse poço é como eu, é assim que me olham, é assim que pensam; “o que tem nessa coisa de tão interessante?”. E eu nunca achava que um poço conseguiria me entender. Um poço. Mas é nas coisas mais simples que eu acho a verdade. Então ele era simples…era por isso que eu o amava e ainda amo tanto. Esse negócio de vida após a morte…não existe.
Sabe Tony, não existe. Eu procurei no google…não existe, eu procurei nas estrelas; não existe. Procurei em meu reflexo no espelho; não existe. Procurei nas cicatrizes; não existe. Tentei achar ao menos um sim, mas nada foi encontrado, assim como os pedaços quebrados do seu coração. Eu não achei. Não pude reconstruí-lo. Não sou eu que te levanta e depois te põe pra baixo. Era ele, só ele. Eu tentei me comparar…mas não deu. E eu ainda ouço seus soluços á noite, ainda te escuto chamar o nome dele, ainda ouço os acordes tristes no piano…ainda vejo seus olhos fechados. Mas por favor…fique perto. Parece que você vai embora todo dia, mesmo estando fisicamente, o seu coração está em outro lugar. E caso saia…não sei como conseguiria viver sem você aqui. E eu simplesmente não consigo te ajudar. Em pouco tempo vai ser apenas nós dois, serão dois grandes chorões, mas que se ajudam…mas se você não me deixar te dar a mão…nenhum de nóis dois vai sair desse círculo vicioso de tristeza. Se ainda quiser ficar ao meu lado, pode por sua cabeça em meu ombro e envelhecer comigo. E eu vou ter o prazer de ver aquela chuva de junho, ao seu lado. Eu te vi olhando pro céu e se perguntando onde ele estava. Sabe, eu queria te dar uma resposta. Mas você está aí, ao meu lado no carro, indo para um funeral. Viajando em seus pensamentos e secando as lágrimas. Sabe as vezes nossos sonhos parecem verdade, mas estamos apenas dormindo, acordaremos e será apenas uma vontade. Apenas isso. Em qualquer lugar que você fosse eu te seguiria. Esse final de semana eu não tive que acordar de madrugada pra calar seus gritos. Mas aposto que Lucia sim. Semana passada você fez xixi na cama e bom, eu não tive nojo, te limpei e me deitei ao seu lado, enquanto você dizia coisas como; “O que eu estou me tornando?”, “Eu preciso dele de volta”, “Volta pra mim, volta pra mim”.E logo depois tudo se repete. Nunca pensei que uma filha diria a um pai: “Vai ficar tudo bem”.
Mas essa está sendo a única frase que eu repito esses dias. E quando você finalmente dorme, eu desco as escadas e tomo um chá, vou pra varanda e choro lá mesmo. A cidade fica calma e tudo que se ouve é o meu choro, e todo santo dia eu me pergunto; “como chegamos a esse ponto?”. Eram pra ser três, mas são dois…ou talvez um. Porquê você está me deixando e eu enfrento tudo sozinha. Cresço sozinha, choro sozinha, ando sozinha. E quando um dia você se levantar, eu estarei aí, ainda te esperando. Não importa quantos anos demorem. Eu vou estar. Mesmo que você tenha regressado, podemos fazer tudo do começo. Eu vou me juntar a você e do mundo vamos todos esquecer. Eu vou ser aquela que você viu nas aulas de literatura, todas segundas e sextas. Com calças skinis, de moletom dois ou três números maiores, braços abertos e com o mais bobo sorriso de todos.Eu tentarei ser seu único e primeiro, tentarei te chamar de pai e tentarei fazer aquele omelete que só Sam sabia fazer, não vai ficar igual, mas eu olharei aquele Livro de receitas todo empoeirado e farei que o cheiro da comida te lembre dos dias que ele cozinhava pra nós. Eu vou te emprestar meu casaco, dividirei minhas rosquinhas de chocolate, dos Junior’s com você e veremos pela vigésima vez Titanic. Vamos chorar, e eu estarei ao seu lado pra te abraçar, serei o que você precisa, serei uma filha ou uma amiga. O que você quiser. Vamos pra Palm Beatch esse ano e veremos aqueles surfistas com seu sutaque australiano, vamos rir das mulheres de biquinis pequenos e do salva-vidas bronzeado, que parece uma salsicha tostada. Iremos ir ao Píer e veremos os casais trocando bactérias e salivas durante o beijo e nós ficaremos ouvindo as ondas. Eu vou te fazer esquecer de Sam por um momento e fazer você enxergar o quanto a vida pode ser bela, mesmo sem o amor da sua vida, ao seu lado. E eu serei aquela que te fez esquecer por um momento dos problemas. Eu serei quem você precisar que eu seja.
Flashback on’
Olhei para fora da janela, Londres mantinha sua aparência feliz, mas que de nada adiantava pra mim, já que a tristeza estampava meu rosto. Virei minha cabeça pro lado e vi que Tony estava de olhos fechados. Queria poder entender a dor dele, mas não entendia, então apenas lhe fiz o favor de acalmá-lo de toda essa situação. Mesmo que esse esforço fosse inútil eu tentei. Mesmo sentindo que me juntaria a ele e começaria a chorar, eu tentei, tentei e tentei.Até que hoje cedo Bella me faz o grande favor de perguntar: “O que aconteceu?”. Logo Quando eu tinha feito seu choro cessar, logo quando eu fiz os gritos pararem, ela vem com essa pergunta idiota. “O que aconteceu?” Bem, o amor da vida dele, ao qual ele deixou sua família para viver ao seu lado e foi espancado por um bando de fortões no dia do seu casamento, mas mesmo assim foi a igreja e disse sim, mesmo sabendo que iria apanhar desse jeito pelo resto da sua vida….morreu. Coisa boba né? Tá sentindo a irônia? Não é nem um pouco fácil dizer; “o cara que eu dediquei minha vida morreu!”. Em plena consiência Bella; se eu matar o Ben, você vai ficar feliz e vai poder dizer que tá bem e que isso não te magoa nem um pouco? Com certeza não! E o pior de todos é que ele te trai, te bate e você ainda é cheia de amor por esse monstro. Queria te xingar de mil palavras naquele momento, mas por consideração permaneci calada. Virei minha cabeça para o lado e vi um Tony triste, cansado e acabado, diante dos meus olhos. Ele não era mais aquele que vestia suas galochas e seu macacão desbotado, e ficava empolgado com tortas de limão. Ele era alguém, ele precisava de alguém. Fiquei encarando os fios brancos que nasciam no começo de seu coro cabeludo. Sorri pelo fato dele ter deixado-os aparecer, já que tinha dito que quando todos começaçem a nascer, iria pinta-los. Mas pelo visto não.
Acho que os problemas eram tantos que ele nem se ligava que já estavam aparecendo. Vi que sua mão se apoiava no banco, senti o carro parar e Tony respirar fundo. Como se fosse um fôlego de Coragem. Fiz o mesmo. E Timidamente, repousei minhas mãos sobre a dele, tentando dá-lo ao mínimo, um pouco de conforto. Vi ele virar seus olhos pra mim e percebi que eles transmitiam pra mim, um certo olhar de: “Me ajuda”. Olhei-o com pena e me aproximei, quebrando a distância entre nós e o abraçando tão fortemente, como se isso fosse o último momento de nossas vidas. Acabou que Tony não se aguenteu e começou a chorar e chorar…
-O que eu faço agora Seunome? O que será de mim agora? Eu não consigo ir até lá e dar adeus…eu simplesmente não consigo! A garganta trava! Parece que tudo é escuridão.-ele disse angustiado e fungando de segundo a segundo.
-Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem.-falei acariando seu cabelo.
Tony se disfez de meus braços e olhou seu reflexo no espelho, limpando as lágrimas e ajeitando o cabelo.Pulei pra fora daquele carro, esperando-o sair. Olhei para o gramado onde ocorria o funeral e não vi ninguém da família de Tony ali. Ninguém apoiando-o, ninguém para ajudar ele. Ninguém.
-Vamos? -disse assim que notei Tony saindo do carro-
Ele apenas assentiu e me acompanhou.
Flashback off’
Olhei para o lado e ali Tony se mantinha estático. Sem reação alguma. Apenas com uma rosa branca em suas mãos trêmulas e um olhar frio. A mãe de Sam estava chorando desesperada nos braços de Bella, que também não se controlava e eu estava apenas observando tudo de maneira tão fria. Eu sou assim. Sempre. Não choro por nada. Tony uma vez já tinha me Dito que vai chegar uma hora que eu não vou conseguir me controlar e vou explodir como uma granada.
Então eu só espero anciosamente pelo dia que isso irá acontecer.Minha rosa vermelha já se mantinha em cima do caixão, juntamente com a de várias outras pessoas, Tony tinha pedido para ser o último, e assim esse pedido lhe foi concebido.
Respirei fundo, sentindo ele soltar meu braço e correr até o caixão e por a rosa ali, depositando um beijo no mesmo. Tony pôs sua cabeça sobre a grande peça de madeira e descançou ali fechando os olhos. Por um momento dexei-o, era a última vez que via o “amor de sua vida”, era justo. Até que um dos coveiros cutucou Tony, pedindo para ele se retirar. O mesmo permaneceu inerte. Me aproximei para ajudá-lo e chamei pelo nome de Tony, mas nada ele fez, apenas abriu os olhos e os fechou de novo. Peguei-o pela mão, puxando para longe daquele corpo.
-Ande, vamos Tony! -Disse puxando-o pela mão-
-NÃO! -Ouvi ele gritar-
Todo local se fez silêncio, a mãe de Sam, pela sua idade veio andando até nós sendo acompanhada por Bella, caso tivesse alguma falta de equilíbrio e tropeçasse.
-Ande filho, vamos pra casa.-ela disse carinhosamente-
-NÃO SERÁ QUE VOCÊ NÃO ENTENDE?! EU NÃO VOU DEIXÁ-LO! -ele disse alterado-
Rapidamente os outros coveiros o puxaram dali, enquanto Tony se debatia, eu virava a minha cara, não queria vê-lo naquela maneira, meu coração se apertava a cada grito e a cada momento que ele chamava pelo nome de Sam. Caminhei, sentindo meus Joelhos tremerem e meu olhos lacrimejarem. Até que sinto alguém me segurar pela mão e me puxar. Era Tony.
-FILHA! NÃO DEIXE ELES FAZEREM ISSO CONOSCO! NÃO DEIXEM ELES NOS SEPARAREM DE SEU PAI! POR FAVOR FILHA, POR FAVOR!!! VAMOS FICAR AQUI! ISSO É SÓ UM SONHO E EM BREVE IREMOS ACORDAR! SÓ NÃO ME DEIXE! NÃO DEIXE SEU PAI! -Tony disse gritando em súplica-
Outra vez alguém me puxou pelo outro braço. E dessa vez era Bella.
-Deixe-a Tony! Deixe a garota em paz! -Bella disse- Vamos Seunome, vamos embora!
-NÃO FILHA! NÃO NOS DEIXE! -Disse Tony sendo arrastado por aqueles coveiros-
Meus joelhos vacilaram, Bella aproveitou a oportunidade e me puxou pelo braço.
-NÃO! EU NÃO VOU DEIXAR MEU PAI! NÃO!!! -Falei enquanto ela me prendia em seus braços-
Tentei me soltar, mas ela era mais forte, minha visão estava embaçada, mas via Tony se afastar mais e mais.
-PAI!!! -Disse chorando-
-FILHA!!! -Disse Tony-
Vi minha visão escurecer e nada mais ouvi, caí no chão e fechei os olhos, desmaiando. Sentindo a leve brisa me levar.
-Dorme em paz, Sam.
E essa foi a última coisa que disse a ele antes de partir.
'Aqui descansa em paz;
Samuel Trevor Young II
12/4/1883 - 23/11/2012
“Não mais tristeza, não mais dor”.
12/4/2013’
Faziam alguns meses desde o velório de Sam e aquela casa não era a mesma. Estávamos eu e Tony, no quarto dele ouvindo a um dos discos de vinil favoritos de Sam; “The white album”. Era aniversário deles, Tony tinha feito um cupcake e posto uma vela em cima do mesmo. Cantamos parabéns e ficamos aqui Lembrando de tudo. Vendo as fotos e todas as demais coisas. Tinha minha cabeça no peito de Tony, estávamos abraçados sem dizer nada. Apenas uma coberta sobre nós, e o disco ecoando por toda casa.
-Você vai morar com minha mãe. -disse Tony me pegando de surpresa-
Levantei minha cabeça e o olhei antônita, enquanto ele ainda mantinha seus olhos pra parede verde musgo de seu quarto.
-Quê? -falei ainda não acreditando-
-Você vai morar com sua avó. -ele disse e olhou pra min com a maior expressão de naturalidade-
Voltei a deitar em seu peito, respirando fundo.
-Porquê? -falei quase mudo, mas ele escutou-
-Nós não sabemos fazer nada. Você está infeliz ao meu lado, e eu…bom, eu não ajudo em nada. Então você vai filha. Não tem escolha. Apenas me ouça. Vai ser esse o melhor pra você. Melhor pra nós dois. -ele disse calmo-
-Okay, falamos disso depois pai. -disse pegando no sono-
Fechei meus olhos aos poucos, ouvindo Tony cochichar próximo ao meu ouvido.
-Não somos só eu e você. Agora é você contra o mundo. Mas qualquer coisa eu vou estar lá. -ele disse com a voz pesada-
Enquanto os acordes de HEY JUDE tomavam o quarto todo.
E aí party people!!!???Saiu o quinto capítulo!!! E no próximo um certo menino de cabelos cacheados vai entrar na jogada. Hahahaha. Espero por vocês. Bye, Andy ♥♥♥
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Olá amore! Sou nova aqui no blog e devo lhe dizer que amei a sua fic. Pr isso, digo, que estou aguardando ansiosamente pelo próximo capitulo!
ResponderExcluirBeijos e até! xXx
Ownnn sério? Que bom que você gostou vida.
ExcluirDeixa comigo. O próximo capítulo vai sair já já. Okay?
Byeee