Vagas abertas para escritoras!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Fanfic: Querido Harry, você prometeu (ficar para sempre) - Capítulo 6



                                                                       Outono


Acordei, sentindo o sol bater diretamente em meu rosto. Droga. Quando eu ia me acostumar com essa escola nova? Tudo bem que faz tempo que eu não frequento uma. Mas eu trabalho. Crítica de restaurantes. E se quer saber, dá pra se sustentar com esse salário muito bem, afinal. Já que pra conseguir esse emprego, você tem que ter um paladar super apurado, se não. Adeus dinheiro. E admito: eu amo o que faço. Meu trabalho é comer, tem coisa melhor? Não. A única Revés, é que as quantidades de comida desses restaurantes é muito pouca. Já disse para Jay, meu chefe, me mandar para aqueles fast-foods nova-yorquinos. Mas esse cargo já tem alguém, então, sem chances.
Bufei e me levantei lentamente da cama. Ainda com meus olhos fechados, tateei meu celular. Assim que senti, peguei ele e abri os olhos lentamente, vendo minha caixa imensa de mensagens. Algumas de Jay, outras de Havena, um pouco de Bella e apenas uma de Tony. Revirei os olhos me lembrando que hoje, teria mais um restaurante para mexer com meu paladar de juíza. Sabe o "The new York times"? Então, aqui em LA, também teu um o "The LA times". E é pra lá que minhas críticas vão, em anônimo, claro. Já que ninguém poderia desconfiar quem eu fosse. Apesar de não ter tempo para dever de casa e etc...Isso vale ponto, para minhas atividades extra-curriculares. Então esses pontos, iriam cobrir os dos deveres de casa não feitos. O que é um alivio imenso, para mim, e para minhas papilas gustativas.
Tentei me concentrar em deixar meus olhos Abertos, já que meu corpo pedia pra voltar pra cama. Minha vida é uma droga. Desde que Tony me deixou com Bonnie, meu dia é super corrido:Escola de manhã, trabalho á tarde, treino de vôlei á noite, faculdade de enfermagem, logo depois.Essa é a minha quarta-feira.Uma droga.
Tomei rumo em direção do banheiro, pensando em uma ducha que poderia aliviar os nervos e me acordar pra vida finalmente. Mas quem me dera se tudo isso fosse apenas um sonho,poderia acordar agora e ver Sam fazendo suas famosas panquecas, Tony vendo seu noticiário, enquanto eu brigava com ele, para por no canal dos desenhos.Mas não.É a pura da realidade. Uma realidade de bosta.
Meus ouvidos já foram preenchidos por um acúmulo de vozes, que vinham do andar de baixo. Incrível. Toda a família já estava acordada.
Pensei que poderia sair de casa sem tumulto, sem meus 8 "irmãos(ãs)", me fazendo companhia para a escola. Mas não, nem tudo que nós queremos é possível. Então vou apenas sofrer em silêncio e tentar parar de ser tão dramática.
Entrei no banheiro, me despindo e vendo algumas manchas, ao redor do meu pescoço.
A cada dia se espalham mais e mais, parece que vão consumir toda essa região. Me livrei de meus pensamentos, indo até o chuveiro e ligando a ducha, que se estendeu em todo meu corpo. Fechei meus olhos, sentindo meus músculos relaxarem com a temperatura.
Pois parece que a cada dia essa doença me consome. Conversei com Ben, que disse nunca ter visto esses sintomas em toda sua vida. E depois de passar Por uma série de exames, era surpreendente na medicina.
Nunca. Em séculos, ou milênios, ouviram falar disso. Era novo. E não podiam fazer nada; Não sabiam de remédio ou vacina alguma que a controla. A única coisa que sabiam, é que era forte, e a cada segundo, se espalhava mais e mais, devorando todos meus órgãos. E caso piorasse, teria que abandonar toda minha vida, já que não sabiam, se é contagiosa.
Segunda-Feira passada, eu espirrei sangue e fui levada ás pressas para a UTI.
Terça, foi a vez de vômitos sem cessar. Quarta, falta de ar. Quinta, dores insuportáveis na costela, e Sexta, sangramente nazal. E no fim de semana, nada aconteceu. Simples assim. O que é uma droga. Uma hora eu estou super bem, e na outra, pareço um morto-vivo, com olheiras escuras e rosto flácido.
Abri meus olhos e peguei o sabonete, passando-o por todo corpo e logo depois retirando o conteúdo. Com meus cabelos já molhados, desliguei o chuveiro e saí enrolada em minha toalha branca.
Me dirigi em direção ao armário, quase escorregando na poça de água que deixei no chão. Vesti minhas roupas intímas e peguei uma calça jeans skynni escura, uma blusa branca leve, que deixava metade de minha barriga amostra e meus Chuck Taylors brancos. Respirei fundo, assim que senti o cheiro maravilhoso das torradas de Ben, entrarem em combustão com meus pulmões. Acelerei mais os movimentos, pensando que se caso demorasse,não sobraria nada pra mim.Fui até a penteadeira, secando meu cabelo com a toalha,vendo-o tomar Forma. Peguei um grampo e fiz um mini topete, no topo da minha cabeça, deixando o resto das madeixas, caírem em meus ombros. Sorri para o espelho e pus meu colar dourado, brincos e uma pulseira lotada de pingentes.Peguei minha tornozeleira e a botei, logo depois,passando perfume o mais rápido que consigo. Peguei minha mochila, já com o celular nas mãos, olhei em meu reflexo no espelho e sorri, sentindo o cheiro de Laranja,que eu imanava, pelo corredor. Desci correndo e vendo o completo desastre na cozinha; A família toda estava sentada a mesa, e apenas um lugar vago.Me sentei ali, dando um "oi" a Caroline, que sorriu em resposta. Ás vozes de todos ao meu redor ocuparam meus ouvidos,não é todo dia que você acorda e encontra 10 pessoas conversando sobre assuntos aleatórios e por um momento irritantes, devorando o café da manhã. Mas como eu já sou acostumada a isso, apenas peguei uma das torradas de Ben e passei um pouco de geléia. Pus suco em minha caneca, já escrita com meu nome, para que ninguém a confunda. E dei um gole, observando a Ben e Bella, que se tratavam como completos estranhos. Tenho que admitir, que retiro tudo que disse sobre ele no velório de Sam. Pude conhecê-lo melhor, e perceber que é uma ótima pessoa por sinal. O único lado ruim, é o fato de ser um cafageste e trair Bella. O que eu não tenho que me meter, mas é realmente intrigante. Eu vejo que ela a ama, dentro de seus olhos. Mas apesar de não ser uma, das mais Românticas demonstrações, é o jeito que eles tem de mostrar afeição, um jeito nada bom, mas pelo menos, um jeito.
Assim que terminei minha refeição, peguei meu prato e o levei até a cozinha o mais rápido que pude, tentando não ser notada. Já com a mochila nas mãos, caminhei até a porta e quando estava prestes a ter "liberdade", ouvi a voz estridente de Bonnie me chamando.
-Espere seus irmãos Seunome! -ela falou séria-
Revirei meus olhos e me sentei em uma das poltronas em frente a grande TV de led, levando minha mochila ao colo, e pegando em no bolso, meu celular. Olhei para a tela, e resolvi abrir as mensagens, a caixa de entrada estava lotada, com muitas de Jay. O que ele quer? -pensei.

"Young, hoje terá mais um restaurante para testar seu paladar. Espero que consiga chegar a um bom critério, quero dizer: ferrar com a vida de Jean Pierre. Seria ótimo para o "The LA times", publicar sobre um prato mal feito do "Petit Up La Vien", a repercusão poderia aumentar nosso crédito internacionalmente, e até seu salário. Então peço que não fume nenhum de seus cigarros hoje, porquê ontem fiz uma rápida pesquisa, e soube o quanto isso prejudica o paladar. Então para o nosso bem, e fracasso dele; Não fume. Isso é uma ordem
Atensiosamente, James Juice, seu chefe. CEO - COMPANY"
Revirei meus olhos. Abrir mão do meu maravilhoso e insubstituível: maço de cigarro? Não mesmo.
Quantas vezes eu fumei, fui para o trabalho, e mesmo assim, cheguei á um ótimo critério sobre a comida? Muitas. Ele que se ferre. Tenho muitos problemas, e preciso aliviar. Se eu ficar sem fumar, eu vou ficar louca. E ninguém quer me ver louca. Acredite. Não é nem um pouco bonito essa cena.
Observei as outras mensagens de Jay, e percebi que todas eram sobre a mesma coisa: "Petit up La vien". Bufei e cliquei na única mensagem que me interessava: Tony.
"Querida Seunome,
Espero que não se esqueça que no próximo sábado, irei te "roubar" a tarde toda e iremos fazer a mesma coisa de sempre. Te espero anciosamente, tenha um bom dia e "Carpe Diem" Seunome.
Seu adorado pai, Tony"
Franzi minha testa. Nada de "tudo bem com você?", ou "sinto saudades". Apenas o mesmo direto, rápido e seco Tony.
Me virei bruscamente, ao sentir alguém tocar meu ombro. Era Ben.
-Tudo bem? -ele disse preocupado-
Suponho que ele tenha visto a mensagem, mas não liguei, apenas assenti com a cabeça.
-Mas, o que você quer? -falei, percebendo minha voz embargada-
Ben pensou um pouco, provavelmente se esquecendo do que iria dizer, mas logo depois, fez uma cara que imaginei ter lembrado do que ia falar.
-Bonnie falou pra você ir, que Sandy está fazendo "chapinha" no seu cabelo e vai demorar. -ele disse, falando "chapinha" com uma voz engraçada-
Ri com o ato e assenti, me levantando do imenso sofá,ajeitando minha roupa e pondo minha mochila nas costas. Sorri para Ben, que deve ter entendido com um "obrigado", assim espero e caminhei lentamente até a porta. Pus minha mão sobre a maçaneta e a puxei, sentindo o vento Soprar em meus cabelos. Respirei fundo, inalando o cheiro de terra.
Olhei para frente e vi a mesma cena que via todos os dias quando saía de casa; StreetTown, sempre calma e serena. Ás vezes até calma e serena demais. O que me fez chegar a conclusões: Ricos não aproveitam a vida. Aqui é assim, apenas pessoas com condições boas moram em StreetTown, é como um refúgio fora do mundo, um refúgio muito ruim, se quer saber. Onde a maioria tem olhos azuis e lamborghinis.
Dei um passo para fora, me virando logo depois pra fechar a porta e virei meus olhos para o lado, assim que ouvi o mesmo barulho de porta se fechando. Percebi um homem de cabelos cacheado, levemente bagunçado, se virar em minha direção e me secar com os olhos. Desviei meu olhar do dele, assim que senti minha pele corar fortemente e minha voz travar. Apenas virei de volta para o meu caminho e andei, sentindo minhas pernas vacilarem. Quem era o dono daqueles olhos verdes? -pensei. Nunca tinha o visto por aqui.
Desviei-me de meus pensamentos, quando percebo o mesmo andando atrás de mim. Será que era um maníaco ou um estrupador? Se fosse, tinha que saber que luto karatê desde meus 12 anos. Acelerei mais meus passos, passando por uma árvore que tinha suas folhas caindo, por conta da estação e do vento que a fazia se movimentar, olhei pra cima sem prestar atenção a minha volta. O céu está tão azul, sem nuvens alguma. Mas o vento estava muito forte e quase gelado, trinquei meus dentes, ainda distraída com a paisagem e Esquecendo o resto a minha volta, ouvi um carro buzinar e só assim percebi que estava no meio da rua
Sem reação alguma, com o carro próximo a mim, senti alguém me empurrar a direção oposta e cair. Arregalei meus olhos, ao ver os cabelos cacheados caídos sobre a testa e suas mãos em minha cintura. O homem se levantou, ainda com as mãos ao meu redor, fazendo eu levantar junto a ele. Me desfiz de seus braços e lhe lançei meu olhar matador. Limpei minhas mãos na roupa com pressa e continuei o encarando.
-Não vai nem dizer um "obrigado"? -o completo estranho disse-
-Obrigado -falei seca-
-Não acha melhor saímos da rua? -ele falou, me fazendo perceber onde ainda estávamos-
Caminhei rapidamente a calçada e ajeitei minha mochila.
-Harry -ele disse estendendo a mão-
Olhei para seu rosto que se mantinha fixo em meus olhos, mordi os lábios, sentindo meu rosto se esquentar novamente. Apertei sua mão, ainda em dúvida.
-Sabia que essa é a parte que você diz seu nome? -ela falou dando um sorriso de lado-
Não pude aguentar e sorri juntamente, mas logo depois voltei a minha expressão séria.
-"Quando o calor gerado pela deusa, tocar o corpo frio, de um deus marinho, novo ser surgirá " -ele disse sem pensar-
Olhei para Harry com uma careta, que continuou sorrindo.
-A lenda do outono. -ele falou completando-
-Ahh sim. -falei-
Virei para ir embora, mas sinto segurarem meu pulso, e me virar em sua direção.
-Com medo? -ele disse me olhando dentro dos olhos-
Franzi a testa
Para ele e dei um sorriso. Mas que convencido.
-Eu não tenho medo de você Harry. -falei divertida-
Me soltei de seus braços e caminhei sorrindo, por um motivo que não sei qual foi.
-Seunome! -ouvi sua voz rouca gritar-
Me virei em sua direção e o vi me olhar de um jeito misterioso, com sua blusa social suspensa nos braços.
-Eu não vou estar aqui pra te proteger de novo. -ele falou lentamente-
-Eu não preciso de ninguém pra me proteger -disse calma-
Me virei de novo e o ouvi falar quase inaudível.
-Você que pensa querida, você que pensa.
Me arrepiei com o ato e continuei a andar, vendo a rua ser coberta pela neblina. Respirei fundo e tentei tirar Harry de meus pensamentos. Como ele sabia meu nome?


Oiii gente! Bom, primeiramente, eu queria agradecer a uma menina, que me motivou a continuar e não me fez parar, que é a Agatha Mello.
Também, que o capítulo tá um cocô, eu sei. Mas que foi porquê eu escrevo TUDO pelo celular. Tô sem computador, então; tem que ser assim. Me desculpem qualquer erro.
Amo vocês.
Andy ♥♡♥

2 comentários:

  1. Kkkkkkkkkkk...valeu pelo agradecimento! Não há de que amore.
    Que seca essa garota é, hein? kkkkk!
    Continua?? :D

    ResponderExcluir