Prólogo
Olhe nos meus olhos. Nos profundos globos escuros e misteriosos. Feche os olhos. Você está vendo sua vida caso continue ao meu lado, está vendo o vale do abismo, está vendo seu último sorriso. Eu sou sua primeira e última pessoa, sou a única, porquê quando você vem até mim, não tem mais volta, não tem mais porta. Só tem os gritos e suspiros, de alguém esquecido. Eu sou o monstro dentro do seu guarda-roupa, com corpo de mulher, sorriso de maníaca, com raiva da vida. Eu mordo e ouço seu choro. Como se isso me machucasse. Realmente? Eu quero que a droga da realidade se ferre. Eu sou a aberração, que viveu presa em um alçapão, apenas ela e a solidão. Quando a noite se faz escura e as estrelas ocupam suas posições, eu apareço e trago o medo. 23:50 Todos saiem de suas sombras. 23:55 Ruídos, escuridão. Poços abertos. 00:00 Era da extinção, era dos escolhidos. Eu só tenho escuridão para oferecer, e na maioria das vezes, todos querem um pouco de luz. E isso ninguém vê. Precisam entender: eu nasci pra morrer. Eu sou aquela do arrepio, que faz tremer o joelho e gaguejar palavras sem sentido. Sou aquela que procura um pouco de sorriso, que vai rezar toda noite antes de dormir, para quem sabe, parar com toda essa maldade. Eu vou achar engraçado, seu jeans desbotado e seus chuck taylors de cano alto. Que parece escutar um rock pesado, mas é apenas Michael Bublé, cantando no rádio. Alguém que quer sair do amargo. Eu sou apenas uma experiencia. Da aberração, a perfeição. Que perguntou a Um cara: "Quer casar comigo?", e ele disse: "Não". Tomei um banho frio, deixei as lágrimas se misturar com a água, deixei as cicatrizes que ele fez em mim expostas. Uma blusa sem mangas. Cor de rosa. Fui até o rio São Francisco e me joguei dali, mas então lembrei que era invencível. Submergi de volta e fui procurar ele de volta. Me humilhei aos seus pés e de mulher, voltei a menina. Voltei a ser apenas uma na multidão. Eu me arrependo desse dia amargamente. Me arrependo do dia que me entreguei pra ele de coração e mente. Eu quis voltar atrás, mas não pude. Então continuei me humilhando. Até que conheci ele. E tudo mudou, por tantos anos, e achei alguém para ver comigo, aquele por-do-sol mexicano, alguém que eu possa dizer: "Casa comigo?". E que responda: "Com certeza, mais que amigos."
Notas da Autora:
Bom gente, acho que é isso por hoje. Vou dormir, porquê a cama tá me chamando.
Anciosos pro primeiro capítulo? Espero que sim. Comentem, okay?
Andy ^-^
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